Sou boiadeiro feliz e vivo pela estrada
Sempre alegre cantando tocando a minha boiada
Todos transporte que faço não deixo boi de arribata
A gente ouve distante toque do berrante lá naquela baixada
Meu chapéu de aba larga, um par de espora prateada
Lenço vermelho de terra da poeira da boiada
Na garupa sempre levo uma viola pendurada
Aonde nóis faz o pouso eu canto gostoso uma linda toada
Quando vai escurecendo eu grito pra pionada
Para o gado no varjão pra fazer nossa pousada
Forro os baixero no chão minha cama esta arrumada
Dormindo eu vejo em sonho seu rosto risonho paulista adorada
Quando vem o rompendo aurora que surge a madrugada
Nóis reúne os companheiro pra fazer a retirada
Não tenho pai e nem mãe eu nunca tive morada
Sou um peão estradeiro sem ter paradeiro moro nas estrada